Depressão
Depressão não é apenas tristeza. Conheça os sintomas!
PSICOLOGIA VIVA
Sentir-se alegre o tempo todo é um desejo de muitas pessoas. Entretanto, a tristeza faz parte da nossa rotina em diversos momentos. É impossível viver em uma realidade de felicidade constante, por mais que muitas vezes essa ideia seja vendida nos meios de comunicação.
Sim, mesmo aquelas atrizes ou modelos super felizes que você segue nas redes sociais têm suas épocas de tristeza. Muitas podem, inclusive, enfrentar problemas mais sérios, como a depressão. Você conhece a diferença entre a tristeza e o transtorno depressivo?
Depressão não é tristeza! Entenda a diferença
Ficar triste é uma condição normal da vida. Esse sentimento está ligado à vivência de situações que geram angústia ou frustração. Sentir desânimo e melancolia depois de perder um emprego, tirar nota ruim em uma prova ou terminar um relacionamento, por exemplo, é comum.
Em alguns momentos, as pessoas podem experimentar uma tristeza mais profunda. Por exemplo, quando precisam lidar com a morte de alguém querido. Embora haja uma tendência a tratar o luto como doença, é importante respeitar o tempo que cada um precisa para se recuperar.
As pessoas que desenvolvem um transtorno depressivo têm sintomas que vão além da tristeza. A depressão é um desequilíbrio nos neurotransmissores, o que causa alterações nas respostas emocionais, principalmente aquelas relacionadas ao prazer e bem-estar.
Diferente da tristeza temporária, no diagnóstico da depressão é verificada a existência de sintomas por pelo menos seis meses. Além disso, em um quadro depressivo há comprometimento de diversas atividades da vida cotidiana, como os relacionamentos sociais, o trabalho, o sono, a alimentação, etc.
Conheça os sintomas de uma pessoa com depressão
Veja alguns sinais do transtorno depressivo:
Sentimentos de tristeza persistente;
sensação de vazio;
perda de interesse mesmo por atividades consideradas prazerosas;
desesperança e pessimismo;
humor irritável;
baixa autoestima e sentimentos de inadequação, culpa ou desamparo;
fadiga e cansaço excessivo;
insônia;
dificuldade de concentração e memória;
lentidão no raciocínio e nos movimentos;
alterações na alimentação;
dores no corpo e problemas digestivos;
pensamentos de morte ou tentativas de suicídio.
Depressão não é frescura, é algo mais grave do que parece
Infelizmente, muitas pessoas ainda negligenciam a depressão, considerando como frescura ou falta de força de vontade. É indispensável reconhecer a gravidade dessa doença e oferecer apoio às pessoas que lutam contra ela.
Segundo a Organização Mundial da Saúde, o Brasil é o país com mais casos de depressão de toda a América Latina. Entre os brasileiros, 5,8% (11,5 milhões) sofrem de transtorno depressivo. No mundo, são 4,4%. Nos últimos anos, esse número só cresce.
O suicídio é uma das vinte maiores causas de morte no mundo — entre jovens de 15 a 29 anos, ele é a segunda. Esses são dados alarmantes que chamam a nossa atenção para a urgência em identificar e tratar a depressão com o cuidado que ela merece.
Saiba qual é o papel da terapia e do psicólogo
O tratamento da depressão passa, necessariamente, pelo atendimento psicológico. Muitas pessoas ainda resistem a isso e se tratam apenas com remédios, mas os medicamentos não são capazes de agir na raiz das emoções que geram e mantém a depressão.
Por isso, contar com um psicólogo qualificado é fundamental. Na terapia, a depressão é vista de forma aprofundada e a pessoa tem a oportunidade de entender e modificar os comportamentos ligados ao transtorno. Esse suporte psicológico ajuda a mudar a rotina e superar a doença.
Percebeu como a depressão se diferencia da tristeza normal do dia a dia? Saber identificar os sinais do transtorno e ter empatia com as pessoas que o enfrentam são atitudes importantes para ajudar a diminuir os prejuízos desse problema. Se você ou alguém conhecido está passando por isso, não deixe de procurar terapia!