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Ansiedade

8 conselhos que qualquer psicólogo daria para combater a ansiedade

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Ter ansiedade, vamos falar sério, não é nada engraçado. Segundo a OMS, o Brasil tem a maior taxa de transtorno de ansiedade do mundo, são 18,6 milhões o número de brasileiros que viviam com algum transtorno de ansiedade poucos anos atrás (os dados são de 2017 coletados em 2015). A situação, se não continuou estável, pode ter piorado.

Os mais em risco são aqueles que vivem em grandes centros urbanos, especialmente a população feminina e os jovens.

Mas o que exatamente é a ansiedade e como lidar com ela?

Aqui vão 8 coisas sobre a ansiedade que são importantes saber, e que você poderia aprender em um percurso terapêutico com um bom psicólogo.

1. Os sinais que identificam um estado ansioso

A ansiedade é um mecanismo biológico importante porque sinaliza a presença de um possível perigo. Os sintomas podem ser físicos, psicológicos e comportamentais; os mais comuns, respectivamente, são:

-taquicardia, vertigem, ondas de calor
-preocupação intensa que dura ao longo do tempo
-dificuldade de concentração e memorização
-irritabilidade
-tendência a ter dificuldades para adormecer
-agitação motora ou, ao contrário, imobilidade
-tendência a evitar a realização de certas atividades

Às vezes, sintomas físicos como tensão muscular e exaustão, são os únicos indicadores de um estado ansioso: o corpo, de fato, pode manifestar a ansiedade antes do cérebro.

2. Atenção ao nível de ansiedade!

Se os sintomas aparecem apenas ocasionalmente, baixos níveis de ansiedade são geralmente funcionais para lidar com situações e, portanto, devem ser bem-vindos e usados ​​proativamente como estímulo (bem como um indicador de alerta personalizado). Não devem ser considerados patológicos ou serem eliminados com remédios. Mas se os sintomas se tornarem sérios, afetarem sua qualidade de vida ou durarem mais de seis meses, é importante entrar em contato com um profissional, psicólogo ou um psicoterapeuta.

3. Não confunda ansiedade com medo

Ansiedade não é medo. Um estudo publicado em 2016 no American Journal of Psychiatry por Joseph LeDoux e Daniel Pine, dois neurocientistas bem conhecidos, enfatizou como o medo e a ansiedade dependem de diferentes circuitos neuronais. É certamente verdade que um estado ansioso pode ser ativado em situações percebidas como perigosas, mas a maioria dessas experiências estão relacionadas à percepção do estresse: em certos ambientes, vivendo em situações estressantes que perduram ao longo do tempo, muitas pessoas tendem a desenvolver respostas ansiosas. Vários estudos mostraram que algumas pessoas são mais predispostas à sua constituição genética ou porque vivem ou cresceram em um ambiente familiar ansioso.

4. Desempenho e autoimagem

Uma forma particular é a ansiedade do desempenho: acontece quando você se sente chamado a responder a níveis de visibilidade, produtividade, rendimento, padrões de “perfeição” que, se não forem alcançados, podem colocar em risco o lugar, o respeito, a ideia que os outros têm de nós ou a imagem que temos de nós mesmos. Da mesma forma, uma experiência de ansiedade pode indicar que você não está realmente se sentindo realizado, mas está seguindo pressões sociais, modelos externos ou, novamente, há uma experiência difusa e profunda de baixa autoestima.

5. Por trás, às vezes há raiva

Ansiedade, às vezes, é a parte visível de um sentimento profundo de raiva (que se expressa, socialmente, como menos aceitável e compreendido): é uma espécie de máscara que permite abaixar, não declarar o que você realmente sente porque teme. Quase sempre esse “esconderijo” não é feito conscientemente, mas é uma transformação que acontece no nível inconsciente.

6. A mensagem simbólica, a leitura psicossomática

Do ponto de vista psicossomático, a ansiedade – sempre – fala de uma grande riqueza, de um potencial que precisa ser libertado, vivido, reconhecido: “Através dele, o cérebro assume a responsabilidade de nos sacudir na raiz para sinalizar que estamos excluindo de nossas vidas uma parte essencial de nós mesmos, algo que obviamente não pode ser suprimido sem recaídas: criatividade, sexualidade, sentimentos, liberdade, desejos, modos de ser”, explicam especialistas. Naturalmente, para isso, primeiro precisamos reconhecê-lo, aceitá-lo.

7. Boas práticas para lidar com um estado produtor de ansiedade

A ansiedade não é irresolúvel. Se, naturalmente, é melhor preveni-la no momento em que ela se apresenta, você pode adotar pequenos remédios estratégicos. Por exemplo:

-ouça e tente “entrar” em uma música que você realmente gosta
-respire profundamente, traga sua atenção apenas na respiração e nas sensações do corpo
-faça um belo passeio na natureza
-uma corrida (ou qualquer atividade física que “force” a atenção para o que você estiver fazendo)
-e em geral, adote estilos de vida mais corretos (horas adequadas de descanso, alimentação saudável e orgânica, boas relações construtivas, ter tempo para se dedicar às coisas boas da vida e não apenas para trabalhar, colocar limites claros de trabalho), incluindo a relação com a tecnologia: essencial, entre outras coisas, desconectar-se do PC, telefone celular, não assistir TV por pelo menos meia hora antes de ir para a cama.

8. A eficácia da meditação mindfulness

A meditação é absolutamente eficaz contra os transtornos de ansiedade. Numerosos estudos demonstraram a eficácia da atenção plena (mindfulness). É importante esclarecer que, se você ainda não tem o hábito, começar a meditar enquanto estiver em um estado de ansiedade é bastante difícil. Portanto, é melhor começar a aprender esse tipo de atividade quando você estiver num estado emocional mais sereno: praticar mindfulness aumenta, em todo o caso, o bem-estar pessoal, a autoestima, a autoconsciência.

Em um “terreno” físico e emocional mais centrado e consciente, você estará menos propenso a ter episódios de ansiedade e, em qualquer caso, será capaz de enfrentá-los e resolvê-los mais facilmente.

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