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Gravidez

Como deve ser a nutrição no período da gestação?

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GINECO

Para uma gestação saudável, é importante adotar uma alimentação equilibrada, evitando problemas sérios, como o diabetes gestacional.

A pirâmide abaixo representa como deve ser a alimentação adequada para a gestante durante a gravidez e até durante a amamentação.

A gestação é um momento para fazer escolhas saudáveis, a fim de ganhar somente o peso necessário para o aumento dos tecidos maternos e o desenvolvimento do bebê.

nutrição gestação

Tratamentos e cuidados

A gestação não é uma época para fazer dietas restritivas e nem pensar em perder peso. Por outro lado, também não significa comer em excesso ou “comer por dois”.

A perda ou o excesso de peso nessa fase pode trazer prejuízos tanto para a saúde da criança quanto da mãe – como o desenvolvimento do diabetes gestacional.

O ganho de peso adequado no primeiro trimestre da gravidez é de 1,5 a 2,0 kg. A partir dessa fase, é recomendado um ganho adicional de 1,5 a 2,0 kg por mês para chegar ao final da gravidez com 7,0 a 15,0 kg a mais, no máximo.

Uma forma simples de saber qual deve ser o seu ganho de peso é aplicar a fórmula do Índice de Massa Corporal (IMC) abaixo. O IMC leva em conta o peso antes da gravidez.

IMC = Peso habitual antes da gestação (kg) / Altura (m)²

Com base no valor do IMC calculado, veja na tabela a seguir o ganho de peso recomendado até o final da gravidez:

tabela gestação

Convivendo
Os nove meses de gestação exigem uma alimentação equilibrada, com todos os grupos alimentares, o que não significa se empanturrar de comida. Mas, em determinados períodos, o consumo de certos nutrientes deve ser reforçado.

Aquela velha história de que se deve comer por dois durante a gestação está totalmente equivocada. O segredo está na escolha dos nutrientes, que precisam ser consumidos adequadamente em cada fase da gravidez, para garantir a saúde do bebê e da futura mãe.

É nesse período, portanto, que a alimentação precisa ser selecionada e muito mais balanceada. É claro que nada substitui o acompanhamento médico e os exames que têm de ser feitos durante o pré-natal.

Confira os principais nutrientes a serem consumidos em todas as fases da gestação.

PRIMEIRO TRIMESTRE

Ácido fólico (ou vitamina B9) — é o nutriente mais utilizado pelas grávidas e indicado pelos médicos. E não é à toa. Sua ingestão previne defeitos na formação do tubo neural do feto (estrutura que dará origem ao cérebro e à medula espinhal). Entretanto, boa parte dos ginecologistas e obstetras recomenda que a mulher que deseja engravidar já comece a tomar a vitamina B9 pelo menos três meses antes da concepção e continue sua ingestão no primeiro trimestre de gestação. Os médicos fazem essa prescrição porque o consumo de ácido fólico nem sempre é suficiente apenas por meio da alimentação.

SEGUNDO TRIMESTRE

Vitamina C — a substância age na formação do colágeno, que compõe pele, vasos sanguíneos, ossos e cartilagem, aumenta a absorção do ferro e fortalece o sistema imunológico.

Magnésio — o mineral favorece a formação e o crescimento dos tecidos do corpo.

Vitamina B6 — importante para o crescimento e o ganho de peso do feto, e auxilia na prevenção da depressão pós-parto.

Ferro — é essencial na produção de hemoglobina, proteína responsável pelo transporte de oxigênio pelo sangue. Ele ainda previne anemias que podem acometer tanto o bebê quanto a mãe.

TERCEIRO TRIMESTRE

Cálcio — por conta de seu papel na formação óssea do bebê, o mineral é nutriente obrigatório na dieta da futura mãe. Sua deficiência pode provocar cáries, cãibras e unhas quebradiças. O cálcio tem outra nobre função: a de auxiliar a produção de leite após o parto. Ele ajuda ainda no processo de coagulação do sangue e na boa manutenção da pressão sanguínea, dos batimentos cardíacos e das contrações musculares. Mas vale uma dica: evite consumir fontes de ferro e cálcio juntas, como carne e leite, pois um nutriente atrapalha a absorção do outro.

OS ESSENCIAIS

Durante os nove meses, além de uma dieta balanceada, os especialistas indicam nutrientes que não podem ficar de fora do cardápio diário para uma gravidez saudável:

Carboidratos – Fornecem energia para o organismo da mulher e o desenvolvimento do bebê. A gestante deve priorizar os carboidratos complexos, encontrados, por exemplo, nos pães e cereais integrais, que são absorvidos mais lentamente.

Fósforo – Participa, assim como o cálcio, da formação dos brotos dentários e do esqueleto do fetol. Fontes: carnes magras e laticínios;

Proteínas – Responsáveis por construir, manter e renovar os tecidos da mãe e do bebê. Encontradas nas carnes, nos feijões, leite e derivados;

Vitamina D – Aliada a banhos de sol periódicos, é fundamental para a fixação do cálcio nos ossos. Encontrada no leite enriquecido, manteiga, ovos e fígado;

Lipídeos (gorduras) – Promovem o aporte de vitaminas lipossolúveis e contêm ácidos graxos essenciais para a formação do sistema nervoso central do feto. Fontes: carnes, leite e derivados, abacate, azeite e salmão, entre outros;

Niacina (Vitamina B3) – Estimula o desenvolvimento cerebral do feto e transforma glicose em energia. Fontes: verduras, legumes, gema de ovo, carne magra, leite e derivados;

Piridoxina (Vitamina B6) – Importante para o crescimento e ganho de peso do feto, principalmente a partir do segundo trimestre da gestação. Ajuda na prevenção da depressão pós-parto. Principais fontes: trigo, milho, fígado, frango, peixe, leite e derivados;

Tiamina (Vitamina B1) – Assim como a niacina, favorece o metabolismo energético materno e fetal, transformando glicose em energia. Fontes: carnes, cereais integrais, frutas, ovos e legumes;

Vitamina A – Auxilia o desenvolvimento celular e ósseo e a formação do broto dentário do feto. Fontes: leite e derivados, gema de ovo, fígado, laranja, mamão, couve e vegetais amarelos.

EVITE

Durante a gestação, o consumo de cafeína (café e chá) deve ser moderado e de preferência feito junto com leite.

É aconselhável também evitar frituras, gorduras, alimentos com cheiro forte e desagradável, bem como condimentos (ketchup, pimenta, mostarda e picles). Também não se deve beber líquidos durante as refeições, a fim de evitar a distensão do estômago e uma digestão mais lenta.

Outros alimentos proibidos são: queijo fresco de leite não pasteurizado (devido ao risco de se contrair brucelose); álcool, pois afeta o desenvolvimento do bebê; comidas que aumentam a formação de gases, como grãos, feijão, repolho, couve-flor e bebidas gaseificadas; carne mal passada (em razão do risco de toxoplasmose); e mariscos e maioneses (devido ao perigo de salmonela).

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