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Comportamento

Como sair da crise e se prevenir da próxima?

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crise financeira

ALETEIA

Uma crise pode ser definida como uma flutuação gigante que atinge um sistema. Por exemplo: uma pessoa que sofre uma crise nervosa, uma família que sofre uma crise financeira, um país que sofre uma crise política, uma região que sofre uma crise alimentar em decorrência de uma seca prolongada.

Uma crise tem sempre elementos imprevisíveis – um problema de saúde que nos pega desavisados, a perda do trabalho… Mas também tem sempre elementos que poderiam ter sido identificados e tratados com antencedência – melhores cuidados com a saúde, manter-se atualizado e formado para novas possibilidades de trabalho…

Nesse sentido, por um lado, uma crise nunca é totalmente previsível e, por outro, nunca é totalmente imprevisível. É sempre uma probabilidade derivada da dinâmica de flutuações do ambiente em que vivemos.

Se um sistema – uma pessoa, uma empresa, uma população de animais… – tivesse conhecimento completo do mundo que o circunda e das crises que adviriam, ele poderia minimizar o impacto das crises. Ele teria grande estabilidade e dificilmente seria abalado pelas flutuações do ambiente que o cerca.

Por outro lado, se um sistema tivesse um conhecimento absolutamente precário do mundo, ele estaria em constante fase de testes. Para “sobreviver”, teria de mimetizar constantemente cenários de falha, para escapar dessas falhas o mais rápido possível.

Mas, como já foi dito, os sistemas nunca lidam com um mundo totalmente conhecido ou totalmente desconhecido. O que de fato acontece é que sempre há um certo grau de conhecimento daquilo que nos cerca, mas também um certo grau de limitação. Assim, é preciso buscar um estado de estabilidade dinânica. Ou seja, é preciso buscar a estabilidade e, ao mesmo tempo, não confiar que esta estabilidade seja absoluta.

De forma concreta, para superar uma crise, é preciso identificar quais atitudes podem ser mudadas diante do objetivo de se alcançar novamente a estabilidade. As atitudes aqui, em primeiro lugar, são as minhas atitudes pessoais. Ou seja: o que eu devo mudar em mim que pode contribuir para a superação desta crise? Que nova atitude minha ajudaria a superar este momento de dificuldade?

Por outro lado, para diminuir as chances de ser totalmente surpreendido por uma nova crise, o primeiro exercício é o da humildade: reconhecer que todos estamos suscetíveis a passar por crises, dificuldades e sofrimentos. Na vida, não existe estabilidade absoluta. Mas também é preciso reconhecer que temos a aptidão de fazer treinamentos anticrise. Você não vai ao cinema para ficar preocupado se a sala vai ou não vai pegar fogo. Mas, se pegar fogo, será bom saber minimamente como agir.

A crise exige mudanças – para melhor, obviamente – nas minhas atitudes. E evitar novas crises implica fortalecer aquilo que me traz estabilidade, mas sempre reconhecendo a minha inevitável vulnerabilidade.

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