O que é a depressão ansiosa

A ansiedade é um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento da depressão, mas como identificar isso? Como a sensibilidade deve ser avaliada para o diagnóstico correto e, assim, identificar o melhor tratamento?

O que é a depressão ansiosa

De acordo com a psiquiatra Marco Antonio Abud Torquato Júnior, um quadro de ansiedade de longa data, que não foi tratado, pode evoluir para um quadro depressivo. ‘Aí você vai ter sintomas de falta de prazer. Sintomas de alerta de ameaça’.

‘Você entra em um quadro depressivo que amortece as sensações boas. Ou pode também amortecer sensações ruins e ter uma depressão apática. Ou você pode não estar sensível às coisas boas e está hipersensível às coisas ruins’.

Angústia e ansiedade

Em outras palavras, todo esse cenário naturalmente pode causar angústia ou ansiedade. ‘Então a depressão é uma diminuição da sensibilidade às coisas boas. As coisas ruins podem estar hipersensíveis ou anestesiadas também’.

Assim, quando está hipersensível, é comum ter sintomas ansiosos. ‘E também é comum que quadros ansiosos, não tratados, evoluam para um quadro depressivo e vai ficar em uma transição.’ Ou seja, diminui até a frequência dos sintomas ansiosos. ‘Mas não porque você tá bem, porque está chegando no esgotamento e aí começa a vir o quadro depressivo’.

Reconhecer o cenário

Marco Abud explica que o mais importante é mapear, conseguir identificar o cenário mais próximo da realidade para que o tratamento tenha o efeito desejado. Assim, ‘quando mais você for dando nome para as coisas, mais poder você tem sobre os seus sentimentos’.

Em conclusão: ‘isso é o primeiro passo para a gente ter um controle emocional. Então é dar nome não para catastrofizar, mas dar nome para saber o alvo. Porque se a gente não sabe o alvo, a gente não sabe se está acertando ou não’.