Fobia social: ativando o circuito da coragem

A fobia social, potencializada pela timidez excessiva, limita tanto a vida pessoal quanto profissional. Mas é possível ativar o chamado ‘circuito da coragem’ para enfrentar o medo de lidar com questões públicas.

Fobia social e a busca pela autoconfiança

De acordo com a psiquiatra Ana Beatriz Barbosa, a fobia social é caracterizada pelo medo. ‘Você tem pavor de ser centro (das atenções), com circuito do medo extremamente ativado, de ser rejeitado, de não agradar as pessoas’, ressalta.

Ou seja, para combater esse quadro é preciso ativar ‘o circuito da coragem’. Beatriz Barbosa afirma que o medo só tem uma saída: enfrentá-lo. ‘Porque se você for para trás, uma hora tem uma parede’. Logo, o medo vai sufocar.

Personalidade ansiosa

A ansiedade todo mundo tem, mas quando se torna um transtorno ela escala para o medo. ‘Ansiedade e medo são a mesma coisa. São duas faces de uma mesma moeda. Só que o medo é uma coisa concreta’.

Por exemplo: se entra um ladrão na sua casa, você vai ter medo de uma coisa real. ‘Já a ansiedade é um medo subjetivo. Eu não sei ao certo o que é, aquilo não vai me matar’, ressalta.

Interpretação das situações

Em conclusão, nem sempre interpretamos de maneira correta os acontecimentos. Com o enorme fluxo de informações que diariamente chega à palma da nossa mão, a ansiedade é cada vez maior. ‘É normal ter ansiedade, o problema é adoecer da ansiedade. A fobia social é um adoecimento da ansiedade’.

Resultado, possivelmente, da carga genética até mesmo de uma bisavó. ‘A gente sempre acha que é pai e mãe, mas pai e mãe herdaram a genética de avô e avó’. O tratamento, de acordo com Beatriz Barbosa, é preparar o paciente para enfrentar o medo. Em alguns casos, a medicação é necessária para esse enfrentamento.