Depressão, TDAH e a sensação de cansaço

O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) e a Depressão possuem ligação? Qual o papel da dopamina no dia a dia do paciente?

Depressão, TDAH e a sensação de cansaço

De acordo com a psiquiatra Ana Beatriz Barbosa, ‘o cérebro de quem tem TDAH nasceu fabricando menos dopamina. E ele vai passar a vida inteira buscando a dopamina. Se a gente não descobre rapidamente essas áreas que produzem, aí pode ocorrer algo grave’, alerta. Ela cita a possibilidade do paciente buscar essa ‘falta’ no uso de substâncias ilícitas.

‘O que é droga? Tudo que chega no organismo e faz o cérebro produzir dopamina’. Para o hiperativo, é como se o mundo ‘se alinhasse’, fizesse sentido. Mas, em outras palavras, é uma ilusão. Pois se trata apenas de um estímulo passageiro. E o TDAH não tem característica de se deprimir da maneira do paciente com Depressão clássica.

Vícios

Desde o uso de substâncias até a paixão liberam dopamina. ‘Por isso que na paixão você tem um tesão inesgotável’, exemplifica.

Por isso, a necessidade de seguir o tratamento, sem tentar encontrar em prazeres, buscados de modo repetitivo, como solução.

Momentos de exaustão

Beatriz Barbosa explica que pacientes que são hiperativos apenas mentalmente podem experimentar a exaustão. Pois geralmente são mais intensos do que pacientes que possuem a hiperatividade física. ‘O paciente se deprime de exaustão, como se o cérebro cansasse’.

‘Chega uma hora que é igual uma Land Rover, tração nas quatro rodas, no meio da lama, mas acelera, acelera e não sai. E muitos confundem isso como se fosse Depressão. Mas não é. O TDAH tem um prazer de viver, uma inquietação’. Ou seja, o TDAH pode até ter sintomas de depressão. Mas é relacionado à exaustão, pelo excesso de curiosidade, buscando de forma incessante informações e experiências.