Depressão
Depressão: sobre o risco genético de desenvolvermos a doença
Será que a genética é fator predominante para o desenvolvimento da depressão? Quais outros fatores de risco podem desencadear esse quadro mental? Quais substâncias podem estar em falta para agravar o desequilíbrio do ser diante de tantos desafios e cobranças do dia a dia?
Sobre o risco genético de desenvolvermos depressão
De acordo com o psiquiatra Marco Antonio Abud Torquato Jr., uma única explicação não será a causa da depressão. ‘Fatores de risco levam a um quadro depressivo’, observa o Torquato, que aponta entre um deles a genética.
‘Estudo mostra que se você tem um pai ou uma mãe com depressão você tem duas vezes mais risco de ter um quatro depressivo’. Se acaso um dos avós também tiver depressão, o risco triplica.
De 30% a 70%
‘Mas a genética não é 100% causadora de um quadro depressivo’, ressalta. Ele cita que a doença é responsável entre 30% e 70%. Só que se associado a um evento que cause estresse excessivo, o cenário se agrava.
Por exemplo, perdas, negligência e abusos na infância. Além do desgaste diante das questões diárias. Ou seja, a rotina de uma grande cidade, busca pelo sucesso profissional e privação de sono. Em outras palavras, o desequilíbrio do ser na sociedade moderna.
Hábitos
Abud Torquarto alerta ainda para nossos hábitos, principalmente para uso de substâncias tóxicas. Desde alimentos açucarados, passando pelo sedentarismo, até medicamentos utilizados para outras doenças que podem levar à queda do humor. A exemplo de corticoide, antibióticos, hormônios.
Por fim, um outro fator importante são as alterações cerebrais. ‘Primeiro a diminuição das conexões entre os neurônios e a alteração de neurotransmissores’. Ou seja, substâncias químicas no cérebro. Apresentando queda na serotonina (sem ela, ficamos mais sensíveis a ataques e frustrações), da noradrenalina e da dopamina.