Depressão
Depressão: o que você precisa saber sobre remédios
O que precisamos saber sobre os remédios, seus efeitos e o momento adequado para serem usados, no combate à Depressão?
Depressão: o que você precisa saber sobre remédios
De acordo com o psiquiatria Marco Abud, em entrevista ao Canal do Lutz, ‘o remédio nunca é suficiente para melhorar’ o paciente, embora cada caso seja um caso. ‘Às vezes, ele é necessário, mas ele nunca é suficiente’, ressalta.
Ele cita exemplo de uma pessoa que começa a tomar anabolizante e fica o dia todo em casa, totalmente sedentário. Em outras palavras, fica vendo conteúdo sobre como fazer musculação e não vai à academia. Ou seja, não vai funcionar.
Objetivo
Marco Abud alerta que o objetivo do remédio é aumentar a chamada neuroplasticidade. Aumentando a serotonina e a noradrenalina. ‘Uma das partes que faz aumentar a neuroplasticidade [espécie de adaptação do sistema nervoso em alterar as propriedades fisiológicas em resposta às modificações do ambiente]’.
Portanto, no caso de quadros leves e moderados de Depressão, após diagnóstico médico, o remédio pode não ser tão eficaz quanto estratégias comportamentais. Ou seja, um treinamento para o cérebro (exemplo: a mudança alimentar), um que atende melhor a ansiedade e outro propriamente a Depressão. ‘E pode ser o tratamento único em alguns casos’.
Terapia
Em conclusão: alguns psiquiatras consideram que em casos menos graves de Depressão, quando a pessoa possui forças para seguir sua rotina, algumas técnicas podem surtir efeitos consideráveis.
Marco Abud cita a Terapia Cognitiva Anti Ruminação, que pode ter efeito entre 8 e 12 semanas. Ou seja, tem que ter um tempo, para que a estratégia de tratamento possa ser alterada para outra e não agrave o sofrimento do paciente. Marco Abud pondera que o médico não é capaz de cravar um tempo específico, ‘mas em geral de 4 a 5 meses’. ‘Não importa se você é a pessoa mais rica ou mais simples, sua religião ou cor de pele, a doença afeta todo mundo’.