Depressão
Depressão: dois hábitos que precisam mudar

A Depressão é um sinal de alerta claro para mudanças de hábitos: da alimentação à renovação de atitudes e pensamentos. Mas quais os dois principais comportamentos que precisam ser objetos de atenção no primeiro momento da caminhada para a melhora?
Depressão: dois hábitos que precisam ser modificados
De acordo com o psiquiatra Marco Antonio Abud Torquato Júnior, existem dois hábitos que mantêm o paciente preso na Depressão. ‘As causas são importantes? São importantes para a gente trabalhar depois que a gente melhorou. Mas na hora, o que vai manter você na Depressão são dois padrões’.
‘Um padrão da ruminação, que é ficar preso em pensamentos do passado, procurando o porquê você sente aquilo’, observa. Assim, cresce a angústia, o sentimento de culpa, de inferioridade e falta de esperança. ‘E esses pensamentos nunca acham uma solução’, ressalta.
Voltar ao passado
Antonio Abud diz que, em um primeiro momento, é errado ficar voltando ao passado para tentar ‘solucionar’ algum trauma. Ou seja, o foco tem que estar em criar condições no presente para que tenhamos sonhos. Em outras palavras, com os olhos no futuro, que é o novo, o que pode ser realmente diferente e melhor. ‘A Depressão, que é tratada sem combater a ruminação, volta’, alerta.
Por exemplo: diante de um quadro depressivo, a baixa energia do paciente pode se esgotar tentando ‘aceitar’ o passado. Enquanto a chave seria usar essa energia para mudar o direcionamento da sintonia, começando pelos pensamentos.
Inibição comportamental
Esse é o segundo hábito destacado por Antonio Abud. ‘Isso quer dizer que quando os pensamentos estão muito intensos e o corpo percebendo que o ambiente está meio agressivo, ative essa área de inibição comportamental’. Podendo afetar diversos setores, podendo causar alterações no sono.
Em conclusão: o paciente se fecha, como um mecanismo de proteção do corpo. Ou seja, como se tivesse ferido e não conseguisse encarar os desafios. Assim, o cérebro acaba acreditando que, de fato, precisa continuar nesse casulo, que não há mais nada positivo na vida. Logo, os pensamentos ruminativos aumentam de frequência.
