Depressão: como não nos cobrar tanto

A Depressão nos provoca uma fragilidade incomparável e mesmo assim continuamos a nos cobrar. Afinal, como iniciar a nossa caminhada verdadeira e não aquela que a sociedade deseja que seguimos?

Depressão: como não nos cobrar tanto

De acordo com a psiquiatra Ana Beatriz Barbosa, para não nos cobrarmos tanto, primeiro precisamos conhecer como realmente somos. Afinal, ‘como você desarticula um circuito que está rodando e você nem nota?’. Pois o padrão está dentro da mente de cada um, com percepções particulares e não universais.

‘Uma coisa é o cérebro, outra é a mente. O cérebro é um órgão, como o fígado, o pulmão. Já a mente é a energia gerada dentro desse cérebro. Por exemplo: o cérebro seria a lâmpada, a mente seria a luz’.

Pensamento obsessivo

Se torna mais difícil não se cobrar quando existe o Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC), principalmente com relação a pensamentos. Em outras palavras, quadro existente resultado de uma ansiedade (pode ser por nos cobrar tanto) sem controle.

‘É um pensamento negativo que se repete, de conteúdo negativo, e ele é sempre intrusivo’. Ou seja, você não quer pensar. Mas ele está inserido de tal maneira que ele incomoda, afetando todos os áreas da vida.

Momento presente

Em conclusão: podemos ainda carregar o peso do passado e é natural. Mas só há vida no presente momento e esse é o poder transformador. Afinal, todas as dores e decepções do passado, nos trouxeram até aqui e sobrevivemos. Portanto, precisamos enxergar tudo isso como conhecimento para lidar com as questões atuais.

Por fim, nunca nos compararmos. Embora precisamos sim de exemplos, de motivação, não devemos balizar nossas realizações com amigos e, principalmente, com o conteúdo das redes sociais. Pois o tempo é sempre interior, com uma missão particular, que nos faz pulsar – esse é o fluxo sadio da existência, com a felicidade fluindo de maneira natural, com plantio e colheita.