Depressão: as dores mais comuns

As dores no corpo podem ser fortes sinais da Depressão. O que, geralmente, o paciente sente durante o tratamento? E quando o diagnóstico acaba vindo justamente dessas dores?

As dores mais comuns da Depressão

De acordo com o psiquiatra Marco Antonio Abud Torquarto Júnior, a dor lombar é uma das mais comuns para quem está com Depressão. ‘Aliás, tem vários estudos. Essa relação é bastante importante. Então dor lombar crônica, mais do que três meses, é muito importante investigar se não existe um quadro de Depressão não tratado’.

‘A ideia não é que a gente vá fazer diagnóstico de Depressão em todo mundo. Mas sim, a maioria dos quadros da doença não são diagnosticados’. Ele observa, entretanto, que nem todos os pacientes precisam do tratamento clássico, com uso de remédios.

Enxaqueca

‘Estudos mostram que ter um quadro de enxaqueca pode representar um risco cinco vezes maior do que de outras pessoas de desenvolver um quadro depressivo’, alerta Torquarto Júnior. Pois a química e as alterações são muitos semelhantes. ‘Então esses quadros tendem a caminhar juntos’.

Marco Abud explica que se o paciente já tem a enxaqueca antes de ter Depressão, ela passa a ocorrer de maneira mais intensa. ‘Isso não é inventado, não é psicológico. Isso é biológico’.

Dores gástricas e articulares

Por fim, ele cita a azia e queimação também como características. Além de dores articulares. ‘Claro que tem outras causas. Então tem artrose, tem osteartose, artrite reumática, tem fibromialgia’.

‘O fato é que se o tratamento para esses casos não está melhorando. E tem sinais de possivelmente de alteração de humor. Pensamentos negativos, se sentindo inferior. Procure tratamento, pois isso pode ser revertido’.

O sono – tanto a escassez quanto o seu aumento – são características marcantes da doença. E essa alteração ocorre mesmo com o paciente não fazendo uso de medicação.