Ansiedade, sofrimento e propósito de vida

Em uma era que a ansiedade parece inerente à vida, como buscar um controle do sofrimento e encontrar o verdadeiro propósito da vida?

Ansiedade, sofrimento e propósito de vida

De acordo com o neuropsicólogo Braulino Peixoto, ‘o primeiro passo é você decidir encontrar o seu propósito. Mas tem umas bases que eu poderia chamar de eixo ou de raiz conceitual que são ferramentas que orientam bastante chegar lá perto’.

‘Uma das coisas que foi muito impactante para mim foi entender um pouco sofre performance humana. Afinal de contas, o que é essa performance humana? Um garotinho nasce com 10% da sua capacidade de performance, pensando até mesmo nos conceitos de saúde mesmo’.

45%

Esse é o valor que Braulino Peixoto considera como saúde plena. ‘A ideia é que a saúde não é o teto de nada. É uma condição básica de higiene’, observa em entrevista ao Canal do Lutz. Em consequência, surge o questionamento: ‘se agora eu tenho saúde plena, no contexto mental, físico, social, biológico, o que eu farei para ser feliz?’.

Ou seja, através desse processo, nasce ‘a perspectiva do propósito’. Mas onde está o propósito? ‘Está dentro e talvez a grande essência seja a gema do ovo da inteligência espiritual. A maioria das pessoas chega a esse nível, não tem consciência que chegou, portanto começa a desenvolver vários hábitos que não são bacanas, não tem objetivo na vida, não tem porque correr atrás disso. Porque ninguém deseja o que não conhece’.

Depressão

Em conclusão: quando não se alimenta nenhum propósito, a Depressão começa a pulsar. Ele pondera que até o sentido negativo da vida nos faz movimentar e a doença nos paralisa. Já ‘as emoções que a gente considera socialmente positivas são absolutamente comodativas’.

Peixoto alerta para o perigo de criarmos uma zona de conforto com a doença. ‘E isso faz um simbólico muito forte nas relações afetivas, quando a gente não consegue se libertar de laços afetivos que as vezes são tóxicos e nocivos. Porque a gente tem uma soberania da família, que mesmo estando ruim, você tem que ficar dentro da sua família. E aí é que entram certas coisas que precisam ser melhor elaboradas, e a terapia é o melhor caminho para isso’.