Ansiedade
Ansiedade: a distinção que o cérebro não faz
Imerso no quadro de ansiedade, nem sempre temos lucidez para identificar se o que pensamos e imaginamos é real ou não. O que a psiquiatria nos explica sobre essa questão e como esse comportamento interfere na qualidade do nosso sono?
Ansiedade: a distinção que o cérebro não faz
De acordo com a psiquiatra Ana Beatriz Barbosa, o cérebro não faz a distinção sobre o que é real ou virtual (não é real). Ou seja, ‘se você começa a antecipar cenários ruins, o seu cérebro começa a sofrer em relação aquilo. E certamente ele vai liberar noradrenalina que vai fazer com que você fique mais tempo tenso’.
Em consequência, o sono fica mais superficial, fragmentado e pouco reparador. Além da ansiedade excessiva, a apneia (dificuldade em manter uma boa respiração), entre outros transtornos, podem prejudicar a qualidade do sono. No caso da ansiedade, o paciente costuma ter pequenos despertares ao longo da noite.
Dificuldade de dormir
Uma das consequências mais danosas da ansiedade é a insônia. Afinal, se não reabastecemos nossas energias no período noturno, após certo período iremos enfrentar alguns problemas de saúde física e mental.
Beatriz Barbosa lembra do uso do celular quando já estamos na cama, muitas vezes tentando pegar no sono. ‘O campo magnético do cérebro e do celular são muito equivalentes quando você está acordado. Porque o cérebro funciona todo em base de descargas elétricas e forma um campo magnético. O celular, também’. Ou seja, ‘quando vamos dormir, o cérebro começa a desligar os seus circuitos, o seu campo magnético também baixa’.
O celular
Enquanto isso, o celular está ao lado do travesseiro, seguindo com suas funções, tentando se harmonizar com o campo magnético do cérebro. Assim, prejudicando a qualidade do sono.
‘Então você vai superficializar o sono o tempo inteiro cada vez que entrar um email, um WhatsApp. Não interessa se tiramos o som, pois a onda magnética não faz som e ela está ali’.