‘Depressão atípica’: o que é e em quem mais acomete

Qual tipo de depressão que o jovem pode ser acometido? Quais as características de um quadro considerado atípico da doença? Dois indicadores principais soam o alerta para que um profissional seja procurado para avaliar e orientar a melhor forma de tratamento.

O que é a chamada ‘depressão atípica’

De acordo com a psiquiatra Ana Beatriz Barbosa, esse tipo de enfermidade atinge pessoas mais jovens. ‘Na adolescência e início da idade adulta, no máximo com 23 anos. A pessoa dorme muito mais sem tomar remédio’.

O sono pode estar presente durante todo dia, além de existir aumento considerável de apetite. ‘Então são pessoas que ganham peso e têm hipersonia‘.

Resposta aos remédios

Beatriz Barbosa observa que a resposta ao tratamento com remédios, nesses casos, pode ser ruim. ‘Me parece que é um tipo diferente de depressão que a gente tem que estudar muito’.

Por isso, a necessidade do acompanhamento de um profissional. Trata-se de faixa de idade com profunda transição, com acúmulo de decisões importantes e carga de responsabilidade.

Risco genético

Segundo o psiquiatra Marco Antonio Abud Torquato Jr., a genética pode ser responsável entre 30% e 70% para o quadro depressivo. Mas nunca 100%. Ou seja, mais fatores de risco precisam estar associados para que o paciente realmente tenha o diagnóstico.

O fornecimento de substâncias químicas em falta no cérebro deve ser o foco de solução. Mas isso não necessariamente depende de medicação. A queda de serotonina (neurotransmissor também presente no intestino), por exemplo, é combatida com a prática de exercícios físicos, além de tomar sol diariamente.

Entretanto, lidar com o peso dos acontecimentos exige serenidade do nosso ser. Em conclusão: a terapia é fundamental para conseguirmos encontrar caminhos e respostas para tomarmos as melhores decisões. Pois a clareza dos pensamentos que possibilitam que possamos caminhar com nossos próprios pés, fator fundamental mesmo que estejamos medicados.